O verão está ai e, junto com ele, as férias, idas ao campo e à praia.
Lá vamos nós, urbanos, enfrentar de peito aberto toda a natureza e com muita pressa para aproveitar tudo.
Vários são os perigos que nos rondam, entre eles o famoso "bicho-de-pé".
Na verdade, o "bicho de pé", é uma pulga fêmea (tunga penetrans), grávida, muito pequena (aproximadamente um milímetro de comprimento), cerca da metade do tamanho das pulgas comuns. É hematófaga (alimenta-se de sangue) e o macho somente chega no hospedeiro para se alimentar.
Foto da Femea da pulga
A fêmea, entretanto, após ser fecundada, penetra na pele deixando de fora só a região anal e o estigma respiratório. Aquele nódulo com ponto preto central, do tamanho de uma ervilha, é o abdômen dilatado, pois a pulga, alimentando-se do sangue do hospedeiro, permite o desenvolvimento de ovos.
Desenho da Femea com o saco de ovos
As partes do corpo mais atacadas são os dedos dos pés, principalmente junto às unhas. Mas, nada impede que as crianças acostumadas a brincar em ambientes externos possam apresentar contaminação nas mãos ou em outras partes do corpo.
Pé acometido pelo bicho de pé
O tratamento clássico é a remoção da pulga com uma agulha esterilizada. Também podem utilizados o eletrocautério ou pomadas saliciladas (tipo calicida). No caso de grandes infestações, um médico deve ser consultado.
Além do incômodo prurido, o bicho-de-pé favorece a contaminação por outros agentes, podendo causar infecções e até mesmo tétano. Portanto, quem apresentar bicho-de-pé e estiver sem a cobertura da vacina para o tétano deve providenciá-la imediatamente.
A prevenção é fundamental! Não se deve andar descalço em locais de solos secos e arenosos, principalmente se houver animais bovinos e suínos.
Fonte: Dr. Sergio Celia - Serviço de Dermatologia - Hospital São Lucas da PUCRS
Retirado do Site do Hospital São Lucas da PUCRS
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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